segunda-feira, 28 de março de 2011

Canção de um Adeus Por Mento Leão

Continuo a te fitar... Tenho cá dentro do peito a mesma certeza de quando te conheci. Mas estou aqui, apenas a te observar...Sei que sou poderoso, que posso construir e destruir pessoas, mas não você. Você não igual a mim, você nem se parece comigo...Hummm, talvez às vezes, mas você é uma dessas histórias que me faz querer viver de novo... Reconstruir o caminho e ir em frente...Sempre em frente, pois não há tempo a perder. Sempre contigo...Sempre...



Há uma estranha e fria chuva insistindo em cair, lá fora. Parece querer levar para longe os medos que chegam com a nova aurora...Parece querer lavar a saudade que ainda nem existe, mas que sabemos virá esfomeada, devorando os minutos, as horas. Sei que não sou o que tu mereces, talvez jamais o seja. Sei também que tu não estás certa sobre coisa alguma nessas horas incertas...Mas o por que das lágrimas? Elas servem apenas para alimentar essa chuva fina que cai, lavando teu rosto e me dizendo que a vida ainda está no começo.

segunda-feira, 14 de março de 2011

FANTASMAS Por Catherine Dorléac & Mento Leão

De todos os fantasmas você é o que me causa mais medo, ela disse enquanto soltava o cabelo loiro feito de raios de sol e com aquele sorriso que seduzia ao primeiro olhar jovens imaculados e velhos tarados. Assim ela estava a vontade, madrugada a dentro, insônia, algumas pílulas, algumas doses de vodca... Ela estava quase dormindo... Ledo engano, ela está mais acordada do que de costume. 
Hoje, agora, quero o nunca, ela disse de forma lacônica... Mas nada que aconteceu deve ser visto como algo inútil, quando foi uma escolha pessoal. O excesso não pode ser encarado depois como algo injusto ou culposo... Não há fantasmas essa noite... Apenas palavras dançando no escuro do quarto enquanto uma canção insiste em desafiar o silêncio da madrugada... E machuca, dói tanto... Mas não desista de mim... Não desista nunca. Hoje não haverá uma segunda chance, ela com seus cabelos de raios de sol saberá conter os velhos desejos, mais uma vez.

                                                

Hoje estarei a salvo... Hoje estarei longe dos fantasmas. E a vida que passa... E nossa história que acabou, mesmo antes de começar. E esse sabor meio amargo, meio doce que insiste em tentar me induzir a gritar teu nome... Bobagem, hoje apenas é mais uma noite sem você. Aliás iguais a tantas outras... Apenas fantasmas bailando pelo quarto escuro... Chega, vou dormir antes que os pássaros cantem.