Tenho medo de ti...de tua visão clara e ao mesmo tempo cega... perfurante, agressivamente desconcertante... Eu, que fechei meus olhos e mergulhei no meio da noite escura... No meio da solidão eterna sem ter certeza de nada, sem saber o destino... Apenas pela possibilidade de ter você ao meu lado... Estou me perdendo... Tenho medo de mim... Mas nada vai me tirar a certeza momentânea da dúvida... O que seria de mim sem ela? Minhas muralhas continuam de pé! Toque sua trombeta... Passe os dias diante de mim com este som monocórdico. Nada é o que parece; não aqui, não está noite. Comece a ter medo, pois eu sei que não há motivos para comemorações, mas também sei que não há motivos para que o meu coração perca a paz !
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
TERCEIRA CARTA Por Mento Leão & Catherine Dorléac
Não motivos para comemorações...nossas vidas estão paradas feito automóveis próximos a um acidente. Nossos mundos estão em rota de colisão... Não temos mais forças para enfrentar o nosso dia a dia. As horas, sei bem o que estão nos fazendo. Já não sei o que se passa com meu coração... Já não sei o que se passa com teu coração. Somos afetados pela luz, somos afetados pela escuridão... Não temos escolhas, não temos opção. Tudo em volta esta desmoronando...você não percebe? Fomos um golpe de sorte do destino, um breve deslize dos deuses, que percebendo seu momento de fraqueza, corrigiram-se a tempo. E nós ficamos aqui a beira do caminho... Em frente a imagens distorcidas pela velocidade... Procurando pela paz interior, pelo equilíbrio distante, pela razão ausente... Não, não há motivos para comemorações.
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